Hélio Couto e a Ressonância Harmônica #007

Manual da Ressonância Harmônica

Quando conheci Hélio Couto e a Ressonância Harmônica, minha vida estava de cabeça para baixo. Muitas coisas estavam saindo do lugar - todas ao mesmo tempo: eu estava me separando, com um bebê recém-nascido nos braços, e enfrentava mais uma depressão pós-parto. Para completar, minha unidade de trabalho estava sendo desmontada. Quando me queixava, ouvia ainda: “Pelo menos, você não vai perder o emprego.” Mas, do jeito que as coisas estavam, eu não conseguia enxergar nenhum ponto positivo. O futuro me parecia incerto, o presente era um caos, e nada no meu passado servia como porto seguro. Eu não tinha para onde voltar.

Cheguei ao ponto de me dopar com remédios, tentando fazer meu coração parar. E, como fui incompetente nisso, o que me restava era continuar buscando respostas. Ainda acreditava que poderia encontrá-las nos livros. Contudo, após tanta procura, após lançar tantas perguntas ao céu, percebi que não recebia nenhum sinal — minha mente não silenciava nunca. Mesmo que alguma resposta viesse, eu não seria capaz de ouvi-la.

Passei muitas madrugadas em reflexão, fazendo exercícios de escrita caótica: escrevia tudo o que surgia na mente. E também desenhava. Era como se eu estivesse montando um quebra-cabeça cuja imagem, quase completa, ainda era distorcida pelas peças ausentes — o que parecia verdade, às vezes, era apenas ilusão de ótica. Intuía que existia uma chave a mais, algo que traduzisse, na prática, toda aquela busca em uma verdadeira transformação interior.

Durante uma caminhada matinal, em um impulso de rebeldia, eu disse em oração: “Não quero mais viver a partir da visão de mundo que me trouxe até aqui. O deus que me trouxe até aqui só pode estar brincando comigo — e com um senso de humor de muito mau gosto. Eu desejo que o Universo converse comigo, seja lá qual for a linguagem. Eu não vou mais ditar o jeito, nem vou seguir mais nenhuma religião, nem clamar por nenhum deus. Declaro-me aberta para aprender com o que vier."

Esta ruptura me jogou num abismo sem cordas de segurança — um espaço onde o chão sumiu e não havia rede para me amparar. Nesse precipício, em queda ainda, sem saber o que viria depois, senti que essa entrega ativou algo. Mas eu estava muito disposta a dissipar toda aquela minha névoa mental.

Dizem que, quando o discípulo está pronto, o mestre surge. E foi exatamente assim. Logo depois disso Hélio Couto apareceu. Suas palestras chegaram até mim como uma nova frequência vibrando no fundo da alma — e, pela primeira vez, tudo aquilo que eu já havia tocado em outros caminhos começou a ganhar um novo brilho. Era como se as peças finalmente começassem a se encaixar.

Sua abordagem direta, racional, ao mesmo tempo carregada de um profundo sentido espiritual chacoalhou mais ainda minha torre de cristal. Ele falava de física quântica, consciência, energia, prosperidade, responsabilidade pessoal. A cada palavra, eu sentia como se algo em mim estivesse sendo reorganizado. Era como se ele estivesse acendendo luzes em gavetas internas que, até então, eu nem sabia que existiam. Um alinhamento celular.

Lembrei dos primeiros conceitos que aprendi sobre o átomo, sobre como tudo vibra e da noção de que tudo é feito de energia. 

Aquilo que aprendi no colégio como pura fórmula — E = mc² — agora se apresentava como um código sagrado. Energia e matéria, interconectadas. Eu, energia em movimento. Até a distribuição eletrônica, que um dia rabisquei em provas de química, voltava à memória como um mapa de vibrações — mostrando que nada está parado, nem fora, nem dentro.

Reencontrei tantos outros temas que já tinham me visitado antes — os sete corpos sutis, a função dos chakras —, e que agora ganhavam outra textura, outra dimensão. Sob uma nova luz, aquilo tudo parecia vivo e praticável.

Foi nesse contexto que conheci a Ressonância Harmônica — proposta criada por ele.

Para quem nunca ouviu falar, trata-se de um processo que busca alinhar a consciência individual a frequências específicas do campo quântico, promovendo desbloqueios profundos e acelerando o processo de expansão da consciência, com ondas de informação. Não é mágica, nem fórmula pronta. É um caminho que une espiritualidade, ciência e — talvez o mais desafiador de todos — responsabilidade. Responsabilidade pelo que pensamos, pelo que sentimos, pelo que atraímos e, principalmente, pelo que ainda insistimos em negar.

A Ressonância ajuda a soltar padrões, rever crenças, reformular atitudes. Adverte-nos que o mundo ao nosso redor não muda antes que a vibração aqui dentro mude e que deixar o papel de vítima é o primeiro passo para nos tornarmos autores da nossa própria história. Tudo isso ao mesmo tempo que instala novas informações e dá acesso a novas consciências.

Como tantas vezes aconteceu na minha jornada, Hélio Couto e suas palestras não apareceram por acaso. Surgiram no exato momento em que eu já não podia mais me esconder de mim mesma e não tinha mais nada a oferecer para ninguém. Até ali, eu vivia enclausurada numa torre que eu mesma havia erguido — e foi meu próprio pedido de ajuda que trouxe os raios capazes de derrubar as densas paredes. O antigo paradigma desmoronava lentamente, enquanto no horizonte começava a surgir, ainda tímida, a luz de um novo caminho.

Não posso dizer que foi uma jornada fácil, mas necessária. E hoje, sigo com mais mais leveza no coração, mais consciência e uma certeza silenciosa: uma nova realidade só pode ser construída de dentro para fora.

Nos próximos posts, eu posso tentar compartilhar como tem sido, na prática, a experiência de aplicar a Ressonância Harmônica. Digo tentar pois algumas mudanças aconteceram muito rápido, outras foram muito sutis, enquanto outras foram barulhentas e levantaram muito pó. A verdade é que eu criei este espaço para conseguir traduzir em palavras tudo que foi vivido e sentido até aqui, e não deixar este processo cair no esquecimento. 

Foram anos atravessando ondas invisíveis, passando por limpezas intensas, enfrentando vazios profundos e vivenciando renascimentos discretos — tudo isso para que, agora, eu possa finalmente dizer: estou aqui. E estou pronta para seguir em frente, pois talvez o meu processo, que ainda não terminou, possa ajudar alguém, além de mim mesma.

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