Minha jornada com o Ho'oponopono...#0011
Durante as primeiras ondas da Ressonância Harmônica, minha sensibilidade aumentou consideravelmente: comecei a ouvir vozes que me aconselhavam em situações do dia a dia, a ter projeções astrais e a enxergar presenças sutis no ambiente onde vivia.
Ao mesmo tempo, uma ansiedade intensa e um medo inexplicável tomaram conta de mim. Para lidar com isso, comecei a praticar o Ho’oponopono, uma meditação havaiana de limpeza e reconciliação. Quanto mais repetia as frases, mais minha mente se aquietava e eu sentia que o processo de purificação se acelerava.
Em uma noite eu estava sozinha no apartamento e tive um sonho muito perturbador, onde eu era julgada por todos ao meu redor por abandonar meus filhos. Acordei sufocada por um peso emocional — mas, em estado de clareza, logo percebi que aquela dor não era minha, mas da minha mãe biológica. A história de abandono era dela e a energia havia chegado até mim, naquele momento por algum motivo.
Mesmo sem saber muita coisa sobre isso, resolvi usar o Ho’oponopono para pedir que as divindades a ajudassem: que ela fosse libertada daquele peso, que encontrasse paz — ou, se necessário, que esquecesse temporariamente aquela dor. Perdoei o que me cabia e pedi, de coração, por sua cura.
Durante as meditações e orações, busquei ler mais sobre o assunto e buscar vídeos na internet que me ajudassem a entender o que essa prática tinha para fazer efeitos tão profundos.
Este episódio do sonho aconteceu num sábado. Na quarta-feira seguinte, o atual marido dela faleceu e então eu entendi que ela estava em sofrimento psiquico de alguma forma e precisava de minha ajuda neste nível.
Como tive pouco contato com minha mãe biológica desde muito pequena, nosso vínculo afetivo era quase inexistente. Mas praticar o Ho’oponopono naquele momento acabou me reconectando a ela em um nível mais profundo e sutil.
Isso foi numa quarta-feira.
No sábado, recebi uma ligação da minha cunhada: minha mãe biológica havia sido internada em estado grave após sofrer um AVC. A suspeita era de que o derrame tinha acontecido dias antes, mas só foi notado no sábado, quando seu estado se agravou.
Naquele instante, tudo fez sentido de vez. Minha sensibilidade, o sintoma inexplicável, a intuição de que algo estava sendo limpo através de mim — era como se, mesmo à distância, meu campo estivesse ligado ao dela.
No meio destas andanças todas eu também entendi que não podemos ficar interferindo no caminho que as pessoas têm que percorrer. Por meio do Ho'oponopono eu não interferi no campo da minha mãe, mas no meu. Eu pude me libertar das memórias que me prendiam de forma ruim com ela. Com isso, o campo dela, por consequência também se tornou menos denso, já que eu retirei meus julgamentos, minhas mágoas e só desejei que ela seguisse seu caminho em paz.
Um tempo depois de tudo isto, minha mãe novamente adoeceu e minha irmã foi até o hospital para visitá-la e fez uma vídeo chamada comigo. Ao me ver na tela, minha mãe reagiu como uma criança que reage a uma pessoa estranha, e se escondeu atrás da minha irmã. Pude ouví-la dizer: quem é essa aí? Ali eu entendi que ela não estava em estado mental adequado para se lembrar da filha que abandonou há décadas. O esquecimento para ela foi protetivo e seria melhor continuar assim. Mas eu só fiquei em paz com isso porque meu caminho de evolução estava alguns passos adiantado e, com as meditações, a sensibilidade também se acalmou.
Comentários
Postar um comentário
🪐 Deixe seu rastro no caos... Ideias, dúvidas ou enigmas existenciais? Aproveite para comentar enquanto ainda estamos todos no mesmo plano.
Ajude outros a transcender também. ✨