O Criador por Trás do Espelho #0018

 O que pensamos e sentimos não são apenas reações ao mundo — são forças criadoras que moldam a realidade ao nosso redor.

A realidade externa é um reflexo direto da realidade interna. Cada pensamento que passa pela mente, cada emoção que vibra no corpo, emite um sinal para o campo invisível que sustenta toda a existência. E esse campo responde — sempre. Não porque há um julgamento vindo “de cima”, mas porque a consciência é participativa: ela cria conforme vibra.

Imagine que você está com um pincel invisível nas mãos. Cada pensamento é uma cor. Cada emoção, um traço no quadro. Dia após dia, vais pintando o cenário onde te moves — mesmo sem perceber.

Pensamentos repetitivos de escassez, medo ou culpa não apenas afetam teu estado emocional: eles ajustam tua vibração a realidades que refletem exatamente essas frequências. Da mesma forma, quando cultivas alegria, gratidão ou confiança, começas a sintonizar com experiências que vibram nessa mesma frequência.

Não é mágica. É coerência vibracional.

A ciência moderna já começa a confirmar isso: nossos pensamentos influenciam o comportamento das partículas subatômicas. Emoções intensas alteram o campo eletromagnético que emitimos. Tudo vibra. E tudo que vibra, ressoa.

O que pensamos abre caminho.
O que sentimos dá direção.
O que acreditamos sustenta a estrutura.

E aqui está o ponto-chave: não se trata de “forçar” pensamentos positivos enquanto sentimos o oposto. A criação não responde apenas à mente — ela responde à coerência entre mente e coração. É preciso sentir o que pensamos, acreditar no que desejamos, vibrar o que queremos ver refletido.

A realidade não é estática. Ela dança conosco.

Por isso, da próxima vez que perceber que algo se repete na tua vida — um padrão, uma situação, uma emoção — pergunte-se com honestidade: "O que dentro de mim está em sintonia com isso?"

Essa pergunta não é culpa. É poder.

Porque o verdadeiro despertar acontece quando percebemos que somos parte da equação criativa da nossa própria existência.

E que, ao mudar o que vibramos por dentro, o mundo fora não tem outra escolha a não ser acompanhar.




A frase do Pregador, em Eclesiastes 11:1 — “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás” — transmite a mesma essência.

É como se dissesse: tudo aquilo que emanas retorna a ti. Tudo o que ofereces ao mundo — seja pensamento, emoção ou ação — volta em alguma forma, em algum tempo. Quando lançamos bondade, coragem, fé ou generosidade (teu “pão”) ao mundo, talvez não vejamos retorno imediato. Mas, como as águas que levam sementes ao longe, no tempo certo aquilo que foi lançado floresce e retorna — às vezes de forma inesperada, mas sempre justa.

Jesus também falou sobre isso, com palavras que ecoam o mesmo princípio:

“Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam.”
(Mateus 7:12)

“Com a medida com que medirdes, vos medirão também.”
(Lucas 6:38)

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.”
(Mateus 5:7)

Aquilo que oferecemos ao mundo é, na verdade, o que estamos comunicando ao universo que desejamos receber. A vibração da misericórdia atrai misericórdia. A realidade externa se alinha ao estado interno.

Em qualquer linguagem simbólica que se use, a lei é a mesma: a vibração é a semente — e a colheita virá.

Se este texto fosse escrito no tom de O Pequeno Príncipe, a mensagem soaria assim:

“És totalmente responsável pela realidade que experimentas, porque ela é reflexo da vibração que emites.”

E se traduzíssemos isso em linguagem da administração pública:

Semear é um ato discricionário — colher, porém, é um ato vinculado.



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