O dia em que gritei para o céu — e fui ouvida # 009






Eu estava atravessando uma separação matrimonial e me via soterrada por responsabilidades que, de repente, recaíram todas de uma vez sobre mim. Eu me vi cheia de tarefas que tinham data para entrega e o meu estado mental não tinha melhorado em nada... cheguei ao meu limite.

Num momento de total desespero, entre caixas, roupas, sacolas e lágrimas, entrei em colapso. Gritei com a força de um coração em frangalhos, como quem desafia o próprio céu:

“Vocês estão rindo da minha cara aí em cima, não estão? Me mandaram pra cá pra sofrer, e agora estão se divertindo com o meu fracasso?!”

Chorei e gritei muito até não ter mais forças. Eu estava tendo um colapso nervoso e senti energia passar por minhas veias. Então, desabei num colchão no chão e apaguei. Um sono pesado veio, como se o corpo não aguentasse mais sustentar tanta dor.

Por volta da 1h da manhã, algo aconteceu. Ainda deitada, vi um clarão muito forte preencher o ambiente. Uma mão feminina, delicada e luminosa, passava por cima do meu corpo como quem realiza um passe energético. E emanava uma paz profunda. Ainda, assim, assustada, eu gritei pelos meus filhos, pedindo que apagassem a luz — mas logo percebi: não era uma luz física. Não era ninguém do plano físico. Era algo maior.

Senti, com todo meu ser, que aquelas presenças eram familiares. Seres de outro plano, da minha linhagem espiritual, que vieram me amparar naquela noite sombria. Eram amorosos, silenciosos — e completamente reais para mim.

Algum tempo depois, o Manual da Ascensão chegou às minhas mãos. Função dos algorítmos? Não sei. Sei que abri sem titubear e, ao ler as palavras de Serapis Bey, algo dentro de mim foi tocado. Era como reencontrar um irmão mais velho, sábio e amoroso, com quem não falava há muito tempo. Eu soube, no fundo do meu coração, que aquelas presenças no meu quarto não havia sido imaginação e este manual em minhas mãos era um chamado. Um chamado e um lembrete de que eu não estava só — e de que eu nunca estive, embora o mundo aqui embaixo me fizesse o tempo todo sentir que sim.




A imagem acima traduz um pouco do que vi naquela madrugada, mas eu só conseguia ver o clarão e a silhueta das pessoas. E notei que a luz não me feriu os olhos. Era forte como se eu estivesse olhando para o sol, mas não me prejudicou em nada. E eu pude contar: eram 5 pessoas. Pude ver a silhueta da moça que está com a rosa vermelha na mão e ela era quem emanava a luz que me acalmou. 


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